terça-feira, 28 de agosto de 2012

Trote na madrugada

Hoje fui acordado com o telefone celular berrando no meu ouvido. Ele estava carregando perto da cama, por isso a proximidade. Ao atender, uma voz feminina sussurrava xingamentos, dos quais só lembro de "corno" e "puto". Não satisfeita, ligou de novo e, por último, mandou uma mensagem ofendendo até meus pais. Conferi a hora: 5:21 da manhã!!! As ofensas nem me incomodaram, mas o horário... E, ainda por cima, foi trabalho de amador, já que sequer fez a ligação de um número restrito. Não sei o porquê da insistência, mas houve outra ligação por volta das 9h - que não tive tempo de atender - e outra mensagem. Ao menos foi no horário comercial. 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A rede social


Então quer dizer que o Facebook surgiu da dor-de-cotovelo de um nerd que resolveu encher a cara e se vingar da namorada depois de tomar um fora?!? Se não foi bem assim, ao menos é o que nos leva a crer o filme "A Rede Social", que assisti hoje à tarde. O site nasce como fruto da mente de um jovem carente com uma extrema necessidade de aceitação.

Tenho lido a biografia de Steve Jobs (Apple e Pixar) e, somado ao que assisti, me pegunto: será que todo gênio precisa passar por cima das pessoas para realizar seus objetivos??? Parece que a busca por autoafirmação é tão grande a ponto de tornar-se uma obsessão da qual os mais próximos são os primeiros a serem vitimados. Ou você serve ao plano ou é descartado. 

E são estes gênios que conquistam zilhões em dólares, mas são incapazes de agregar meia dúzia de amigos verdadeiros ao seu redor, mesmo dentro do seu próprio lar. É um preço alto demais a se pagar.

Em tempo: continuo achando o Facebook uma grande bobagem, mesmo fazendo parte dele.



quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A farsa do Ideb


Vários jornais do Rio de Janeiro noticiaram nesta quarta-feira a mudança de posição do estado na avaliação do Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Passamos do 26º lugar (o penúltimo do país) para a 15ª posição. Mas, tal ascensão, não representa uma real melhora no nível do ensino. Como professor da rede pública de ensino, devo esclarecer alguns pontos. 

Desde o ano passado, o Governo do Estado (já com ambições presidenciais?!?) tem investido em planos e projetos para reverter esse quadro vergonhoso, sendo todos eles focados no aperfeiçoamento do professor. Afinal, os alunos sem perspectivas e desinteressados nada tem a ver com isso. A culpa, obviamente, recai sempre do professor.

De todo o planejamento e conversa fiada governamental, o que mais interessou aos docentes foi a possibilidade de uma remuneração de até três salários para os professores das escolas que alcançassem a pontuação almejada. As unidades seriam avaliadas, entre outras coisas, pelos índices de evasão e aprovação escolar. Disso, resultaram duas ações já esperadas: (1) o aumento do número de alunos-fantasmas, ou seja, aqueles que só aparecem na lista de chamada, mas nunca frequentam as aulas ou o fazem só uma vez por mês; e (2) a aprovação quase maciça, através de trabalhos e diversos meios que ajudem na pontuação do aluno. 

Sejamos sinceros: qual professor mal-remunerado abriria mão da oportunidade de receber um pomposo benefício para reter alunos para quem a reprovação não tem qualquer valor?!? Com esse resultado, cria-se um sistema onde todos ficam felizes: os alunos obtém a aprovação, os professores recebem o benefício e o Governo melhora suas estatísticas. O que interessa são os números, seja no boletim ou na conta bancária. Não ficarei surpreso se, no próximo ano, o Rio de Janeiro estiver entre as primeiras posições. 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Lições de Irene Silva

No episódio de ontem de A Grande Família, a personagem Nenê (Marieta Severo) perdeu a chance de ganhar cem mil reais em um programa de TV porque preferiu arriscar tudo para ganhar um milhão. A justificativa da própria foi: "Quando eu vou ter a chance de ganhar um milhão de reais???". Pois bem, ela arriscou tudo e perdeu o dinheiro, mas ao menos tentou. 

Achei um ensinamento bem óbvio, mas que quase nunca levamos a sério. Então hoje, inesperadamente, eu resolvi praticá-lo. Ainda não sei se foi mesmo a melhor escolha, mas ao menos eu arrisquei. Talvez até demais. Certamente, ainda vou me culpar por ter tomado uma atitude levado pelo instinto, sem medir as consequências, mas resolvi uma questão que há muito me incomodava. Não teve o desfecho esperado, mas já posso virar essa página. 

E a vida segue.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Heróis em cena

Aproveitei o último final de semana das férias para me atualizar sobre alguns filmes de super-heróis. Na sexta-feira fui à estreia de O Cavaleiro das Trevas Ressurge e no domingo foi a maratona Lanterna Verde, Thor e Capitão América (que não vi por completo porque a briga dos vizinhos aqui no prédio estava mais interessante).

Definitivamente, a DC ainda tem muito o que aprender com a Marvel. A série X-Men já deu uma amostra disso e, dizem, Os Vingadores é o melhor filme de heróis já produzido. Como não o vi, prefiro me abster dos comentários

Thor cumpre seu papel ao apresentar um dos personagens não tão populares da franquia Vingadores sem confundir o espectador com nomes da mitologia nórdica. A história é simples, leve e passa rápido. Típico Tela Quente de férias. Nada demais, mas não faz feio.

Li muitas críticas negativas - quase todas, na verdade - sobre o Lanterna Verde e, por conta disso, nem criei expectativas. Talvez, por essa razão, não o achei tão ruim. Fraco, mas não chega a ser ofensivo ao fã mais radical. Assim como Thor, cumpre a sua função e também passa rápido. Acredito que uma continuação - se houver - deva mostrar todo o potencial do personagem.


Deixei o melhor para o final: O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Sou altamente suspeito para falar, pois sou um fã incondicional do Batman, mas este é um filme até para quem não gosto deste gênero de produção. O roteiro é complexo, muito bem amarrado, cheio de referências aos dois filmes anteriores e conclui de maneira magistral a trilogia do Morcegão. Bruce/Batman retoma seu papel de protagonista e nos leva por uma viagem que vai da angústia ao ressurgimento. Bane não é um vilão tão carismático quanto o Coringa, mas é muito mais do que se pensa. Certamente, um dos mais desafiadores para o Cavaleiro das Trevas. E a Mulher-Gato de Anne Hathaway em nada fica devendo à Michelle Pfeiffer. Ouso dizer que a supera. Foi um final ideal. Palmas (que realmente aconteceram ao término do filme) para Christopher Nolan! Só é pena que acabou. 

Em tempo: Capitão América é um bom filme, mas muito lento e cheio de mensagens panfletárias. As duas sessões anteriores já foram o bastante por um domingo.