quarta-feira, 31 de agosto de 2011

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Gostaria de saber que mente brilhante considera uma boa ideia costurar uma etiqueta grande e áspera bem no meio da parte traseira de uma cueca samba-canção!?! Será que alguém se sente à vontade com aquilo no meio do rego?!? Passo logo a tesoura!
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Não entendo os caras que saem com travestis. Será que acreditam que transar com um homem de aparência feminina (mas nem tanto) torna o ato menos homossexual?!? Pois, uma coisa é certa, não é uma mulher que estão procurando, já que - segundo relatos - , na "hora H" é o traveco que tem que funcionar.
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Hoje li sobre um professor inglês que tem "vida dupla" trabalhando como stripper e ator pornô. Não vejo problema algum, exceto pelo fato dele ensinar educação sexual para crianças entre 10 e 12 anos. Talvez seus valores sejam "mente aberta" demais para os pais dos menores. Pois é, até na Inglaterra professor tem que arrumar um por fora. Ou por dentro, sei lá.
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É uma sensação muito estranha sonhar que se está brigando com uma pessoa. Às vezes, o sonho é tão real que chegamos a ficar com raiva da pessoa, sem a coitada nos ter feito nada na vida real. Mas alguma coisa isso deve significar, só não sei o quê.
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Fã é mesmo um ser muito louco. Mal saíram imagens da gravação do novo Batman - "The Dark Knight Rises" (no Brasil, "O Cavaleiro da Trevas Ressurge", estreia dia 27 de julho de 2012!!!) - e já falam mal do uniforme da Mulher-Gato sem as orelhas, do roteiro e do que mais for considerado uma "falta grave" pelos batmaníacos. Detalhe: nada é oficial, são apenas spoilers. Santo fanatismo, Batman!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O dom do esquecimento


Sou muito perfeccionista e, por consequência, muito exigente. Acredito que todos devem sempre fazer o seu melhor e costumo cobrar dos outros a dedicação que eu mesmo teria. É uma péssima filosofia de vida, gera muitas frustrações, mas sou assim.

Esse nível de exigência estende-se, principalmente, a mim mesmo. Já passei horas me remoendo de remorso e quase perdi noites de sono por ter feito ou dito algo que não devia. Pior ainda quando a culpa é por omissão!

No entanto, com o tempo e a experiência aprendi que, assim como o leite derramado ou a flecha lançada, não dá para voltar atrás. O melhor mesmo é assumir o erro e fazer "cara de paisagem", como se aquilo não tivesse a menor importância. E não tem mesmo.

A bebida ajuda muito nesse processo de esquecimento! Sou um daqueles felizes beneficiados com uma recorrente "amnésia alcoólica", ou seja, quando o efeito passa me esqueço de muita coisa. E se não lembro é porque não fiz, certo?!?

É nessas ocasiões podemos contar com aqueles amigos sóbrios e chatos, que fazem questão de lembrar cada detalhe, palavra e bobagem da noite anterior. Talvez seja mais importante para eles. Quanto a mim, aperto o botão do "Foda-se" e sigo em frente, pois tenho mais com o que me preocupar.

É bom saber que estou preenchendo vidas vazias. Que venha a próxima, então!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

É da idade


Ontem, tomava meu café durante um intervalo no trabalho, quando três colegas se aproximaram. Todas sexagenárias, portando suas xícaras com chá de camomila. Começaram, então, um animado bate-papo. O assunto? Doenças, médicos e remédios. Uma troca de receitas e diagnósticos, avaliações a respeito de clínicas e tratamentos. Calado estava, calado permaneci. Para mim, não há assunto mais desinteressante que doença. Mas, enquanto observava o diálogo, me questionava se também ficarei assim quando tiver essa idade.

Em cada fase da vida temos diferentes interesses e motivações. Na infância, isso não é tão nítido, mas com o passar do tempo, isso fica mais aparente. E varia também por sexo.

Na adolescência, meninas gostam de roupas, cabelo, maquiagem, ídolos teen e falar mal de outras garotas. Quando crescem, abandonam os ídolos teen e procuram um relacionamento sério. Aí vem gravidez, maternidade, "aquele traste que eu tenho lá em casa" (também conhecido como marido) e cirurgias plásticas.

Garotos gostam de brinquedos, futebol, carros e mulheres. E não importa a idade! Exceto no caso das mulheres.

Como ninguém é jovem para sempre, só nos resta aproveitarmos cada etapa da melhor maneira possível, tenha ela sabor de jujubas, cerveja ou Viagra.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Palavras Pequenas


Ontem estive revisitando o passado. Na verdade, apenas reli alguns textos do meu mais duradouro e promissor blog, o "Palavras Pequenas" (www.palavraspequenas.myblog.com.br). Fiquei surpreso com o conteúdo das postagens e a qualidade de alguns escritos que nem lembrava de ter feito.

Era 2007, uma época em que tinha tempo suficiente para trabalhar as palavras e procurar a melhor combinação. Cortava, acrescentava, fazia rascunho e só no dia seguinte relia para, então, publicar o texto. Assim, nasciam cinco, seis, sete parágrafos. Dava trabalho, mas valia a pena. E o melhor de tudo: não era preciso fazer propaganda nas redes sociais, pois havia blogueiros-leitores-amigos fiéis, e também curiosos que apareciam esporadicamente.

Hoje, a realidade é outra. Minha rotina mudou e, também, as responsabilidades. Já não é possível deixar um texto descansar como uma massa de pão, tudo é escrito direto no blog, quando o tempo permite. Além disso, viciados na literatura dos 140 caracteres, não temos mais paciência ou disposição para ler trinta, quarenta linhas. Estamos cada vez mais telegráficos, concisos, com poucas palavras.

Em tempo: sim, o nome do antigo blog foi inspirado em uma música da Cássia Eller, assim como este em uma música do Legião Urbana. Sou um rock star frustrado, rs.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Do lado de lá


Ouvi dizer que favela tá na moda. Depois de pacificação, implantação de UPP, turismo alternativo (leia-se passeio pela comunidade), hostels e teleférico no Complexo do Alemão, a curiosidade de quem mora "no asfalto" parece aguçada em conhecer a "realidade" da vida na favela. Já escutei até que é algo exótico. Ora, para mim, exótico é lhama e ornitorrinco. Favela não é zoológico!

Todos se dizem muito maravilhados com o que vem acontecendo nos morros do Rio de Janeiro, onde agora é possível entrar e sair a qualquer hora, mesmo que você não seja a Regina Casé nem um morador local. Mas quantos desses ilustres visitantes largariam o conforto de seus lares por uma casa na favela??? Nenhum!!! Se é tão bom, por que não vão para lá?!?

Isso tudo é mera hipocrisia. Luciano Huck é "amigo" do líder do Afroreggae e faz várias visitas às comunidades, mas não esquece de registrá-las para a audiência do seu programa. Caetano faz show na favela, e lá não volta nunca mais. Até mesmo os grupos de pagode que surgem na periferia, quando fazem sucesso têm como primeira providência comprar um imóvel em um bairro "chique", ou seja, bem longe de suas origens. E só retornam para fazer umas comprinhas...

Nada contra esse "intercâmbio cultural". Todos devem ter o direito de ir e vir, subir e descer o morro; mas que não o façam com a admiração e curiosidade de quem encontra espécies raras ou em extinção. É uma realidade muito próxima e que não deveria causar tanta admiração não fosse esse abismo que nos separa. No fim do dia, ou melhor, do expediente, é mesmo cada um para o seu lado. E a vida segue.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Procuram-se fones de ouvido


Além do motorista e o trocador - muitas vezes reunidos na mesma pessoa -, outra figura cada vez mais comum nos transportes públicos é aquele indivíduo que fica ouvindo música no celular (em geral, funk ou pagode) sem usar os fones de ouvido, ou seja, em alto e nem tão bom som!

Independentemente do gosto musical - e acho que deixei bem claro qual não é o meu! -, é uma total falta de respeito com o espaço alheio. Ainda mais por se tratar de um lugar do qual não podemos abrir mão até a chegada ao nosso destino. Reclamar? É incorrer em um confronto desnecessário e gerará, no mínimo, o aumento do volume do som como forma de retaliação. Ouçamos resignados.

No país do "vale tudo" - e não me refiro à novela nem às artes marciais - o que é uma música alta dentro do ônibus? Se eu quero ouvir e você não, saia de perto ou desça do veículo. Ou como costumo fazer, ligo bem alto o rádio do meu celular; mas com os fones de ouvido, é claro!

São os pequenos gestos de respeito ao próximo que caracterizam um povo civilizado. E você? Ouve música alta no trem? Joga papel na rua? Fura a fila do cinema? Quer sempre tirar vantagem? Parabéns, você é digno do país que tem!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Enquanto isso...


Momento meio confuso. Entrando no ritmo de volta ao trabalho, muitas coisas novas acontecendo e pouco tempo para refletir sobre a vida. Evitando o risco de escrever qualquer bobagem, deixo as palavras de quem soube usá-las com maestria:

"Há dois tipos de pessoas: os realistas e os sonhadores. Os realistas sabem aonde estão indo. Os sonhadores já estiveram lá." (William Shakespeare)

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo..." (Florbela Espanca)

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome." (Clarice Lispector)


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A ironia é elitista


"O riso é um mecanismo de seleção. Une as pessoas, mas também as separa. Quanto menos física se torna a comédia, quanto mais se afasta do pastelão e da careta na direção do outro extremo do arco, o espírito puro, o wit, a ironia fina, mais gente exclui do seu campo. Passa a depender pesadamente da linguagem e exige um grau de domínio de meios de expressão e referências culturais – e até uma certa predisposição ideológica para captar “a mensagem” – que costumam vir associados a uma boa formação educacional."

Verdade seja dita: é muito chato ter que explicar uma piada, né?!?

sábado, 6 de agosto de 2011

Das coisas simples da vida


Família reunida no final de semana.

Cerveja beeeemmm gelada no copo.

Churrasco com os amigos.

Cachorro fazendo festa quando você chega em casa.

Show da sua banda internacional favorita. Mesmo sendo caro!

Brigadeiro de festa infantil.

Ganhar uma festa de aniversário surpresa.

Receber um aumento de salário inesperado. Serve também bônus, promoção...

Piadas da internet.

Banho de mangueira num dia de verão.

Uma barra de chocolate só sua.

Cinema à tarde no meio da semana.

Ler um bom livro de uma só vez.

Uma xícara de capuccino numa tarde fria.

Episódios inéditos do seu seriado favorito.

Andar sem cueca.

Fazer uma dancinha idiota.

Queijos e vinhos.

Ficar descalço.

Brincar com e como crianças

Tirar fotos divertidas.

Poesia.

Sexo.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Quando havia reprovação


Eu estudava, tu estudavas, ele estudava. Hoje me dia, ninguém estuda, mas quase todo mundo passa. E muito disso por causa de um cômodo recurso pedagógico chamado dependência.

Na teoria, funciona assim: o aluno que ficar reprovado em até duas matérias, fará as mesmas no ano seguinte, assistindo às aulas em outro turno e cumprindo as tarefas que forem pedidas pelo professor, ou seja, as que ele não fez no tempo regular. Será que alguém acredita que isso funciona?!? E os alunos do turno da noite, que trabalham o dia inteiro??? Nem quando era aluno (vixi!) vi qualquer colega cumprir estas obrigações.

Na prática, o professor passa algum "trabalhinho" a pedido (sugestão) da direção para que o dependente obtenha êxito e a escola livre-se desse fardo. Afinal, temos que apresentar números favoráveis ao Governo, caso contrário, há algum problema na instituição. E adivinha quem paga o pago??? Os incompetentes e despreparados professores, é claro!

Lembro-me de que estudávamos para conseguir nota em todas as matérias; se faltasse uma, reprovação. O que pode parecer uma crueldade para as novas gerações, funcionava que era uma maravilha! Agora, o aluno elege as disciplinas que tem chance de passar, descartando as outras para o próximo período letivo. Vida fácil que reserva um futuro difícil.

E assim caminha a educação do nosso país.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

"Extilo" Ném (Pra começar agosto rindo um pouquinho)