quinta-feira, 30 de abril de 2015

Lembra dele?!?


Então, lembra daquele cara que sempre criticou as academias e disse que nunca entraria em uma delas? Lembra dele?!? Pois bem, o tempo passou e ele decidiu que, quando chegasse aos 40 ia começar a se exercitar, pois é importante envelhecer com saúde. Mas o tempo passou e ele foi chamado às atividades após os 30. Dores nas costas, joelhos... além daquela barriguinha de cervejeiro de fim de semana. 

Ele cedeu à pressão da natureza e começou a correr. Mas esteira é uma coisa chata, "Não sou hamster!", dizia. Correr na rua, com o vento batendo no rosto, é bem mais atrativo. Porém, admirar concreto e asfalto dia após dia também não é muito interessante. Se ele morasse na beira da praia... No entanto, ele persistiu até perder os quilos a mais. Depois disso, a volta ao sedentarismo. 

E a barriguinha? Esboçou um retorno. Era difícil manter uma rotina de exercícios solitários quando nunca se teve vocação para atleta. Até que o inevitável e surpreendente aconteceu: o cara se matriculou numa academia. Só mesmo pagando para se obrigar a ir. "Musculação?!?", todos pensaram. Não, ele não era desses de "puxar ferro", até porque, "Ninguém faz cara de feliz numa academia", ironizava. Mas ele fazia.

Encontrou uma atividade nova, diferente e adequada ao seu horário: Thai Training, uma mistura de Muay Thai com exercícios funcionais. E ele se viu fascinado pelo desafio de virar pneus, balançar cordas navais, dar socos e chutes, entre outras coisas que melhoraram 100% seu condicionamento físico. Dores??? Só as iniciais de quem não está acostumado a isso.

Mas... o tempo passou e, um ano e meio depois, isso já não o contentava mais. Contudo, o vício da malhação já havia dominado o cara e ele decidira que não viveria mais sem exercícios físicos, mesmo que tivesse que mudar a cada ano. Pensa daqui, pensa dali... e resolveu dar uma chance à musculação! "Três meses de experiência", profetizou. Pesquisou tudo a respeito da nova atividade e descobriu que não é só pra quem quer ficar "marombado", mas se destina a diferentes objetivos. Gostou e pretende continuar. 

Moral da história: não julgue sem conhecer, o mundo dá voltas e não devemos cuspir para o alto. Vários clichês, mas todos verdadeiros. Ah, e fazer exercícios - quaisquer que sejam - não é só uma questão de estética, mas de saúde e bem estar.

E por hoje é só, pessoal!

terça-feira, 21 de abril de 2015

Like the cool kids

Acabei de descobrir por que, mesmo beirando os 40, ainda gosto tanto de filmes e músicas com temática adolescente: porque, por alguma razão que nem eu sei explicar, ainda insisto em me comportar como um deles. 

Contrario meus próprios amigos e, muitas vezes, os deixo irritados. Não por simples implicância (ok, às vezes até é), mas porque minha opinião geralmente difere das demais. Já me perguntei o que ainda faço nesse grupo (!?!), mas se ainda me aturam, devo acrescentar algo às suas vidas. Nem que seja paciência.

Muitas vezes me saboto. Cometo os mesmos erros; erros primários que poderiam ser evitados, mas que eu insisto em repetir e testar o limite da minha sorte. Não sou gato pra ter sete vidas, preciso me lembrar mais disso. Os risco que corremos nem sempre valem a recompensa. No meu caso, quase nunca valem.

E há também aquela contante insatisfação com quase tudo e todos. Sinto que não me encaixo em muitas situações e lugares, mas o mundo parece tão errado! Será?!? "I wish that I could be like the cool kids... they seem to fit in". Do I? No, I don´t! Definitivamente, não nasci pra ser mais um e, se o preço disso for alto demais, vou ter que parcelar pela minha vida toda. É o que se paga por não ser um dos cool kids. 

* Texto escrito ao som e sob a inspiração de "Cool Kids" do Ecosmith. Clipe abaixo:



sábado, 4 de abril de 2015

24 horas off-line


Sou católico. Não do tipo que aparece apenas nas estatística do IBGE, mas que frequenta as missas dominicais e participa das solenidades sempre que possível. Para nós, a Semana Santa é o período mais importante do ano, pois culmina com a ressurreição de Cristo, a Páscoa. A sexta-feira que precede esta data é um dia dedicado ao jejum. Mas, na atualidade, esta prática adquiriu diferentes significados, não se limitando a abstinência - ou redução na quantidade - de alimentos, mas de qualquer outra coisa que possa lhe fazer falta. Este ano, fiz jejum de WhatsApp. À meia-noite de quinta desabilitei o wi-fi do celular e passei 24 horas sem receber ou enviar mensagens. Resultado: trinta e poucas mensagens em sete conversas, das quais, apenas uma transmitia um recado realmente importante. O resto eram videos e outras bobagens. E, assim, meio sem querer, cheguei à conclusão que nos prendemos a coisas que em quase nada nos são necessárias; mas estamos escravizados de tal forma, que acreditamos não poder viver sem. Como somos idiotas, não?!?