sábado, 11 de maio de 2013

Nem todos os heróis morrem de overdose

Quem mora no Rio de Janeiro, facilmente encontra celebridades e atores globais. Basta circular por  determinados bairros, shoppings ou praias durante a semana e nos horários em que a maioria dos assalariados está trabalhando, e logo encontrará um perambulando, correndo ou empurrando um carrinho de bebê. Quase sempre com muita pressa e óculos escuros.  

Não faço o tipo "tiete". Nas raras ocasiões em que encontro um desses, observo ao longe - mas nem tanto -, finjo certa naturalidade (são "gente como a gente") e observo cada detalhe que a televisão esconde ou disfarça - isso, é claro, antes do advento do HD! Nunca pedi autógrafo, foto ou elogiei o trabalho. Talvez por ainda não ter encontrado com Fernanda Montenegro, Tony Ramos ou outro realmente notável que valha tal assédio. 

No entanto, existem dois "heróis" da minha infância e adolescência que sonho em conhecer: Mauricio de Sousa e Evandro Mesquita.

Quem não leu a "Turma da Mônica" não sabe o que é ser criança. Ao menos, uma criança que lê. Através das personagens de Mauricio de Sousa, desenvolvi meu gosto pela leitura desde a mais tenra infância. Numa época sem bullying ou "politicamente correto", a identificação era imediata com aquelas crianças que brincavam na rua, subiam em árvores, trocavam apelidos e tinham uma vida tão simples e comum como qualquer um de nós.

A Evandro Mesquita eu devo o gosto pelo rock. Tudo bem que a Blitz era meio que o Restart (eca!) da época, mas além das cores vibrantes, trazia um humor nonsense nas letras que eu não conhecia até então. Histórias divertidas como a de Betty Frígida ou a dramática carta da "Mariposa Apaixonada de Guadalupe" - sou um dos poucos que conheço que ainda sabe a letra toda até hoje! - embalavam as tardes de sábado no Cassino do Chacrinha.

Posso dizer que fui "moldado" com boa música e muita leitura. Um dia ainda tenho que encontrar esse dois  para  agradecer por isso.

10 comentários:

  1. Lembro que minha prima tinha vááárias revistinhas da turma da mônica, e eu li todas, ou quase todas. Acho que era a unica coisa que me fazia ir pra casa dela. rs
    Beijos

    http://papopratudo.blogspot.com

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    1. E sempre emprestava as minhas e mtas vezes não tinha retorno, rs.

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  2. Sou uma criança um pouco mais "nova" e a turma da Mônica nunca foi muito a minha coisa preferida. Acho que pouquíssimas pessoas famosas do Brasil me fariam ser tiete mesmo, quem sabe o Cid Moreira ou o Bottini.

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  3. Fala meu chapa.

    Eu moro no Rio e sei bem como é essa coisa de encontrar "celebridades" nas ruas. Pena que minhas reais celebridades não podem ser encontradas pelas ruas do Brasil. Mas realmente, acho que quase todas as pessoas gostariam de pelo menos apertar a mão do maurício de souza e agradecer pelo mundo fascinante que ele criou, e que, sem dúvida, marcou a minha formação também.

    Grande abraço,
    Almir Ferreira
    Rama na Vimana

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  4. Maurício de Souza merece qualquer tietagem rsrsrs ... Quando estou no Rio vejo sempre as celebridades e algumas chegam a dar nojo porque não são ninguém e agem como se fossem grandes estrelas !!!

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  5. Turma da Monica fez minha infância... e leio até hoje quando tenho chance... com eles ganhei gosto pela escrita e por histórias... :)

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