quinta-feira, 23 de maio de 2013

Repartindo a repartição


Tem gente que pensa que a vida de funcionário público é uma moleza, nada para fazer, só ver as horas passarem. Pra começo de conversa, muitas vezes pode mesmo ser assim, mas nunca para um professor.

Outra mentira é a falsa sensação de tranquilidade que a estabilidade traz. Não há o risco da demissão - salvos alguns casos extremos, ou seja, se você fizer uma merda muito grande, como trabalhar bêbado, por exemplo -, em compensação, a cada fim de ano ou troca de Governo uma onda de boatos terroristas nos assola: Haverá redução de turmas? Ficarei excedente na escola? Novas regras de avaliação???

Felizmente, a maioria deles não leva a lugar algum e, no ano seguinte, tudo continua quase exatamente como antes.

E, então, as regras são mudadas. Cobram estatísticas, oferecem gratificações, colegas jogam-se uns contra os outros na tentativa da manutenção do status quo. A instituição pública passa a jogar com as regras da privada, busca resultados, metas a serem batidas.

E o lado pedagógico? Bom, isso é preocupação de professor, não de administrador público. O que importa são os números, e devem ser altos.

13 comentários:

  1. Que triste tudo isso não??!!
    Como já vi em muitas reportagens, para um pais crescer e se desenvolver é necessário inferimento na educação, coisa que não vemos por aqui!!
    Quando dé passa lá:
    http://ananicolau.blogspot.com.br/2013/05/mae-pode-pedir-pensao-alimenticia-ao.html

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  2. Ninguém hoje em dia quer ser professor , por mais inteligente que seja ninguém quer ser professor e sim édico ou outros e isso é sinal que no futuro próximo tenha menos professor e mais incentivo para ser caso o governo faça algo, mas não acredito que ainda nessa década vai acontecer isso.

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  3. Vida de funcionário público não é fácil, tenho amigos que são funcionários e dizem que a maioria pensa ser fácil, mas a realidade é outra e é triste a situação.

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  4. Concordo contigo, mas só acho que isso vale para todos..

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  5. É verdade, em qq lufar sempre tem os q enrolam e os q se ferram por causa disso.

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  6. Importante você ter chamado a atenção para este detalhe Fábio Alves. Este é mais um dos clichês que as pessoas tanto repetem sem saber.

    Funcionalismo público é pedreira, é defasagem salarial, é descaso do governo, muitas vezes péssimas condições de trabalho, e também é isso que você relatou, uma luta por bater metas e rivalidades internas.

    Claro que muitas vezes tudo isso reflete no mau atendimento ao público, mas é preciso entender este outro lado.

    Grande abraço,
    Almir Ferreira
    Panorâmica Social

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  7. Já trabalhei em instituição pública e era muito claro pra mim a dedicação do trabalho desenvolvidos por funcionários terceirizados, diferente dos funcionários públicos; principalmente aqueles em fim de carreira.

    Quanto ao professor, este sim é digno da minha admiração. Não tenho dúvida do quanto se esforçam para passar o melhor, mesmo não tenho o reconhecimentos profissional por parte do governo, dos alunos, dos pais destes ... enfim, parabéns, Professor!

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  8. É que houve uma época onde no funcionalismo público havia muitos CCs. E muitos destes só ficavam olhando o relógio, ou a velha piada do casaco na cadeira.
    Já há muito tempo as coisas mudaram. Hoje tem menos vagas e muito público. Não rola aumento e muitos funcionário públicos, por falta de recursos, largam o trabalho para fazer outra coisa.
    Já os professores sempre foram sacrificados não importa a época, mas em relação aos mestres uma coisa mudou. No passado ser professor era um status, hoje em dia é vocação.

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  9. Vivo essa realidade... e estamos em meio á inovação da nova gestão, que está tentando colocar as coisas em ordem... mas sabe-se que existe muita gente acomodada e oportunista que reclama de barriga cheia, muitas faltas, muitos atestados, faltam em uma rede e na outra não.... Acredito que se vissem a escola com um olhar mais empresarial, as coisas melhorariam. Na questão pedagógica, temos cobrado muito dos professores, pois acomodam-se á um sistema de repetição e não de avaliar os resultados e propor mudanças e para tanto é necessário cobranças e a maioria não compreende e nem está disposto á compreender e se rever. Situação calamitosa a nossa.


    http://alternativassonoras.blogspot.com.br/

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  10. Sempre esculto falas e mais falas de que trabalha assim... é uma realidade injusta e triste, que cada vez mais, parece que esta regredindo em algumas situações...

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