sábado, 14 de maio de 2011

Sobre a velhice



Quando envelhecer, já avisei que vou ser um daqueles coroas bem chatos, do tipo que implica com o barulho das crianças e fala o que quer sem medo de punição. Além, é claro, de aproveitar todas as preferências que a idade pode proporcionar. Mas, enquanto essa época não chega, admito que não tenho muita paciência com a velhice alheia. Talvez porque meus pais morreram antes dos setenta e não tive muita convivência com meus avós. Bom, o fato é que velhinhos sempre tem alguma coisa pra contar, mas nem sempre - ou quase nunca - é algo interessante. Não estou falando de memórias da juventude, que são até melhores, mas de coisas cotidianas, como falar mal da vizinha ou sobre algum programa que você jamais assistiu. Basta uma troca de olhares para que disparem as "novidades", como que buscando uma cumplicidade, num ritmo de fazer adormecer tartaruga. Perguntar pela saúde? Sempre vai mal, na melhor das hipóteses, mais ou menos, e aí começam a enumerar os sintomas e remédios que tomam. Infelizmente, é muito difícil encontrar velhinhos que fujam a essas regras e ainda vejam a vida com olhos de surpresa e esperança.

3 comentários:

  1. olá,

    Tem muitos velhos q tem conversas enriquecedoras. Principalmente, aqueles q foram professores...........

    abraços

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  2. Ah, não seja tão ruim com eles.

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