quinta-feira, 3 de abril de 2014

Clássicos da literatura para pessoas muito ocupadas

Romeu e Julieta (William Shakespeare)
Dois adolescentes doidinhos se apaixonam, mas as famílias proíbem o namoro; as duas turmas saem na porrada, uma briga fodida, muita gente se machuca. Então, um padre filho da puta tem uma ideia idiota e os dois morrem depois de beber veneno, pensando que era sonífero.

Fim.


Madame Bovary (Gustave Flaubert)
Uma dona de casa mete o chifre no marido e transa com o padeiro, o leiteiro, o carteiro, o homem do boteco, o dono da mercearia e um vizinho cheio da grana. Depois entra em depressão, envenena-se e morre.

Fim.


Guerra e Paz (Leon Tolstoi)
Um rapaz não quer ir à guerra por estar apaixonado e, por isso, Napoleão invade Moscou. A mocinha casa-se com outro.

Fim.


Os Lusíadas (Luís de Camões)
Um poeta com insônia decide encher o saco do rei e contar-lhe uma história de marinheiros que, depois de alguns problemas (logo resolvidos por uma deusa super gente fina), ganham a maior boa vida numa ilha cheia de mulheres gostosas.

Fim.


Hamlet (William Shakespeare)
Um príncipe com insônia passeia pelas muralhas do castelo, quando o fantasma do pai lhe diz que foi morto pelo tio que dorme com a mãe, cujo homem de confiança é o pai da namorada, que, entretanto, se suicida ao saber que o príncipe matou o seu pai para se vingar do tio que tinha matado o pai do seu namorado e dormia com a mãe. O príncipe mata o tio que dorme com a mãe, depois de falar com uma caveira, e morre assassinado pelo irmão da namorada, a mesma que era doida e que tinha se suicidado.

Fim.


Édipo-Rei (Sófocles)
Maluco tira uma onda, não ouve o que um ceguinho lhe diz e acaba matando o pai, comendo a mãe e furando os olhos. Por conta disso, séculos depois, surge a psicanálise que, enquanto mostra que você vai pelo mesmo caminho, lhe arranca os olhos da cara em cada consulta. Parada muito doida.

Fim.

Othelo (William Shakespeare)
Um rei otário, tremendo zé-ruela, tem um amigo muito filho da puta que só pensa em fazê-lo de bobo. O malandro não ganha um cargo no governo e resolve se vingar do rei, convencendo-o de que a rainha está dando pra outro. O zé mané acredita e mata a rainha. Depois descobre que não era corno, mas apenas muito burro por ter acreditado no traíra. Prende o cara e fica chorando sozinho.

Fim.

Recebi este texto por e-mail em 2011 e o redescobri ontem, enquanto limpava minhas pastas de mensagens. É antigo, mas ainda vale a pena!


22 comentários:

  1. Muito bom.
    Tem o Conde de Monte Cristo.
    O trouxa confia em um bando de safado perde a mulher para melhor amigo e vai preso. Foge da cadeia se fingindo de morto, volta para se vingar e assume o filho de 20 anos que a ex-mulher jura que é dele.

    Robson Crusoé, uma mané que se perde em um naufrágio e vai parar em uma ilha. Faz amizade íntima com um tigre que morre em um terremoto, depois se apaixona por um índio e o chama de sexta-feira.

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  2. Fantástico, Fábio!
    Ri aos montes aqui... e eu sempre digo [com olhares alheios tortos]: a melhor versão de Romeu e Julieta é o queijo com goiabada! Risos!

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    1. Pô, Romeu & Julieta é mto bom!!! Mas sou de Letras, suspeito pra falar, rs... Já o doce, adoro tb!!!

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  3. Muito massa!
    Adorei a ideia, prática demais!

    detudoumpouco28.blogspot.com

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    1. Ia ser tudo de bom, kkkkkkk
      Adoro praticidade!
      Vou compartilhar na página do blog no face....

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  4. Se alguém disser, já posso dizer que sou entendido de literatura clássica mundial kkk
    Grande abraço,
    Almir Ferreira
    Panorâmica Social

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  5. AHHAHAHAHHAHAHAHAHAH muito bom cara

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  6. Fábio, ri demais! Genial, hahahaha!
    Curti tbm o comentário sobre "O Conde de Monte Cristo" e aquele da goiaba com queijo (concordo plenamente que essa é a melhor versão!).
    Fiquei tão confusa com Hamlet que quase tive que desenhar, hahaha!
    Bjos,
    La Vie d'Lee

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    1. "Hamlet" é a minha favorita! Se não tivesse lido/assistido, não teria entendido nada... rs

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