domingo, 10 de abril de 2011

Corpos no chão

Admito que tentei passar incólume pela tragédia que abateu o Rio de Janeiro nesta semana com o assassinato de doze crianças em plena sala de aula numa escola pública em Realengo. Explico: diariamente, morrem muito mais crianças vítimas da fome, de doenças ou do descaso das autoridades públicas, e não vejo igual comoção. Na verdade, nem se toca no assunto. Além disso, achei excessivo - como de costume - o tratamento que a mídia deu para o fato, explorando cenas de sofrimento dos amigos e familiares das crianças. No entanto, fiquei extremamente comovido, quase chegando às lágrimas, ao ver os sorrisos destes jovens cheios de vida e imaginar todo um futuro que tinham pela frente. Como pai, não puder ficar impassível diante destas imagens.

Que Deus dê o conforto necessário a estas famílias e ajuda o restante da turma e funcionários da escola a superar este trauma.

Um comentário:

  1. É verdade: diariamente, crianças morrem por motivos muito menos midiáticos e em quantidade imensamente maior. Mas o episódio de Realengo nos desperta para as doenças sociais às quais não estamos imunes: não é só nos EUA que existem malucos atiradores. Parece que, finalmente, entramos no Primeiro Mundo.

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